terça-feira, 27 de março de 2012
quinta-feira, 8 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
Por aí a fora.
Ao passar pela vida
a traçar meu caminho
pude saber da rosa
e experimentar seu espinho
Vivi seus dias de sol
e tempestade em copo d'água
água de umedecer lençol
me doando a possibilidade
de nela afogar o que for mágoa
Pude conhecer seu cheiro
aroma de café ou jasmim
e me perde por inteiro
em tudo aqui dentro de mim
pude vadiar em seu canteiro
e repousar em seu jardim
ao varar suas noites
noites quentes, noites frias
noites que nunca tem fim
Nessas andanças..
conheci homens famosos
mulheres vadias
Crianças sem nome
Saboreei do mel
Amadureci no fel
Sobrevivi a fome
E pude ver de perto
Como a vida trata
os pobres e pretos
que os santos salvam
apenas no sobrenome
Cá com minhas andanças
enxerguei o que fazem
com a inocência das crianças
deixei sucumbir a fé
deixei morrer a esperança
Mas em todo traçado que fiz nesta vida
fui transpondo pontes
correndo meus pés em estrada de terra,
em asfalto...avenida
Até chegar em meus becos, minhas lajes e vielas
e lá no fim do túnel poder sempre achar saída.
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