terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sou um móbile solto num furacão, qualquer calmaria me dá solidão...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Hj...mandaca em flor, mas muita mesmo. Lua no céu muita também.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Leve

Depois de tanta espera
Heis que o sol veio me acordar
rasgou o céu por traz do morro
pintou de azul o corpo do mar

que vai e vem num dançar sereno
levando lembranças
trazendo esperanças
a esse coração hoje tão pequeno.

Que acordou tão cedo,
mas ja sabe
que a este dia não lhe cabe
Morrer de amor
ou morrer de medo.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ilusão

Com estacas de ciúmes
cravadas em minha dignidade
vou sangrando pela hora derradeira
onde finalmente me darei por inteira

Sonhando o sonho do louco
que de tanto se dar pouco a pouco
em sua prisão de agonia e sufoco
vive eternamente comendo pela beira

Abafando arrepios, renegando olhares
enterrando o cio, lançando amor pelos ares

e com medo profundo
grito chamando a razão
grito pra esse sentimento imundo
abandonar de vez meu coração.

Liberta...

Ontem dia nublado
mar em revolta
Pulso apaixonado

Hoje sabores vividos
...Paz a reinar no horizonte
barcos já recolhidos

Ontem a certeza da dúvida
turbilhão aqui dentro
dezassossego violento

hoje certeza alguma
alma na pureza do agora
mesmo sem saber
se é sol ou chuva lá fora

ontem coração na boca
voz cansada, esquecida, rouca
nó na garganta desejando a partida

Hoje coração bate no peito
a minha voz toda música é pouca
e paixão cada vez mais quente
cada vez mais louca.

Pintada

Cuidado Rapaz
a onça está a solta
anda pintando e bordando
você não sabe do que ela é capaz

Menino Cuidado
Aqui nesse campo minado
antes de atravessar
Olhe bem pra cada lado

Cuidado Homem
Tenha cautela
Não pise em falso
tranque bem a janela
a onça tá no seu calço

E quando apagar a luz
Peça aos anjos, Oxalá e Jesus
e se arme de lança, espada e escudo
Pois é no escuro que se dana tudo.
É com grande decepção...é muita irresponsabilidade criar espectaiva tamanha sem pode supri-las e (sem ao menos se dar conta?), sem no mínimo dar algum tipo de parecer...deixa que resolvo semana que vem...Puta que pariu.
Ja dizia Renato Russo..."pecado é provocar desejo e depois renuciar", mas se depois de renuciar não se da ao trabalho nem de assumir a renuncia...hummmm. Irresponsabilidade...a palavra é essa mesmo caralho.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Mãe do Niger.

Uma brisa forte e intensa, como um sopro de vida ou um suspiro de paixão, me trouxe ao
mundo dos que vivem.
Assim como nascem as tempestades em dia de calor suspenso, eu também nasci.

Jamais esqueci o caminho da vinda, marcado em meu destino e como mapa tatuado em minha sina.
Transito os dois lados como da sala pra o quarto da minha existência.

Quando pequena levantei poeira, tracei redemoinhos no chão,
hoje arremesso vidas em tufões de paixão,
ateio fogo em corpos de lua cheia,
revelo o caminho de um mundo a outro
mas neste mundo levo a perdição o coração que incendeia.

Me fiz rainha e tive o rei que bem quis, de olhos as cegas e coração em vísceras, mandei, desmandei, fiz e desfiz.

Lambuzando de sémen a libido, rasgo com as unhas a pele da tentação,
mordisco as orelhas do proibido e despedaço, de florim e coração na mão.

Dei filhos ao mundo, que assim como o vento vão e vêem ao pedido da vida,
serei sempre capaz de reconhece-los, a cada chegada e em cada partida.

Sopro feridas, conduzo perdidos, espanto a tristeza, protejo caminhos, acolho malditos.

Em meu nome tem guerra, amor, intensidade e fulgor
e com meu manto vermelho que é sangue e minha espada,
hei de lutar por meu mistério durante toda jornada.

Razão tem não, só calor.*

*Frase da música "Um dia" de Gunnar vargas.

Cantando o mar.

Nasci da gota de sal corrida na face do tempo
do choro no leito, nascida do peito
pra aprofundar a vida e lavar unguento

Sete ondas jorradas do mundo
no mundo me transformei
e pra lá do mistério que é fundo
o limite entre eu e o mundo
confesso que nunca encontrei

Meus dedos de bruma bulinam o ar
reflito na pele o firmamento
com meu corpo de onda chamando pra amar
seduzindo eu jogo meu canto no vento
Pra pescador, marinheiro ou rei escutar
e entre a vida e a morte nos braços do mar
se dar em feitiço à graça doce no sal do momento

Pra quando meu homem finalmente chegar
repleta de encanto esperando estarei
de vestido com barra de espuma a dançar
perfume de rosas de conta e colar,
seja ele pescador, marinheiro ou rei

De véu maresia aos delírios me dei
ao Deus que um dia meus encantos lancei
e de amor semeamos o mundo
e no cio do ventre fecundo
nos caminhos e matas meus filhos gerei

Povoamos a terra de amor e de guerra
traçamos os fios entre o bem e o mal
semeamos a vida onde a vida se encerra
onde a guerra enterra e o amor é fatal

Renasço com o dia e no deleito da noite
ascendo a alegria e alivio o acoite
No colo do seio acalanto as dores
acolho os anseios e germino os amores

De pés escuros de âncora
aos quais nunca pude enxergar
sou eu transparência de vida
de olhos abertos no fundo do mar.

Peri-gozo

Calma menina pra que a pressa?
Onde pensa que vai com tudo?
Que fome...que sede é essa?

Tome muito cuidado
pois bem SEI que o pecado
te espreita em noite vazia.

Então, vá com calma
seja menos autêntica menina
seja um pouco mais fria.

Pra quem tanto amor?
Porque toda essa alegria?

Pra que tanto calor?
Calma calma...seja menos arredia.

A trouco do que tem tanto carinho?
O que te faz querer abraço profundo?
Não vê menina que por esse caminho
não ha lugar pra vc no mundo?

Olhe, de coração
Vou te dar um conselho
pretes bem atenção.

pra sofrer menos

Não precisa querer tanto
vá viver amenidades
deixe esse querer de canto
consuma só as metades
sonhe com moderação
Acorrente suas vontades
Enterre as liberdades
e plante seus pés no chão.

Tenha rancor perseverante
e pele em menor abrasão
olhos menos brilhantes
libido menos constante
e nunca, nunca sorria de coração.

Calma menina calma,
que a amargura chega em pouco
e logo logo irá conhecer
desejo brando e mesquinho
de um pulsar surdo e rouco.