O que posso fazer
se quando penso em você
o coração inflama
Se já não há remédio
Já não há intermédio
Quando no peito há chama
Como deter a sensação
de sentir fugir o chão
ao me render a teus olhos
Olhos de vazante de rio
Rio de água castanha
Castanhas janelas da Alma
Alma de entrega tamanha
Desculpa ser nessa medida,
mas não sei ser comedida
Só sei sentir desse jeito
e transparecer emoção rara
amor estampado na cara
é meu maior defeito
Ah, quem me dera um dia
Quem dera um dia eu pudesse
descansar minha dor nos teu braços
No teu colo meu amor, se eu pudesse
Desfazer os nós e fortalecer os laços
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
A quem interessar possa
Lá vem o pelotão em formação
Trazendo um coração gelado no peito
E na cabeça seus caps
Valei-me meu pai Oxalá
Nos livra de quem vem la
E proteja nossos mulekes
Nos defenda dessa demanda
Pois aqui desde o início
Coroné já tem seu vício
E nessas terra ele manda e desmanda
Desde que o progresso chegou
À quebrada só resta chorar
Pois a ordem recruta nossa gente
pra sua própria gente depois matar
O que será que pensa um homem desse
E de quem será o maior interesse?
Pra onde escorre as vidas do Gueto?
Do branco pobre, do índio, do preto
Que ajudaram a criar nosso país
e hoje é tratado como adubo
e não como raíz
Daquilo que deveria
Ser a tão sonhada democracia.
De quem será o maior interesse?
Não faz sentido um bagulho desse
Nossa gente esvaindo nas ruas
o fim de suas vidas cruas
que muito ainda tinha pra ser
Aí minha gente, fica ligada
Pois coroné que antes usava bota e mão armada
Hoje já não corre pra matar nego fujão no mangue
E morre de asco de sujar a mão
com gente pobre e seu sangue
Coroné hoje usa terno
Usa gravata, sapado moderno
E está protegido por um blindado
junto a todo seu bangue.
Esperança
Lhe amo
por toda coragem que lhe salta a boca
Pela inquietude pulsante em teu peito
Pela revolução que sigo em teus olhos
Por alimentar em mim
a ultima coisa que se deve extinguir.
Mas quando eu for meu amor
Por favor, não deixe ela me seguir.
Sem Título
Pra que fazer de toda uma tempestade
um mísero copo d'água?
Deixa causar inundação
Gerar enchentes, transbordar rios
Alagados e ilhados urrarem seu desespero.
Deixa se achar e se perder,
até ser ou não ser por inteiro.
Fazer enchorradas descer as ruas
lavar as calçadas e arrastar pedras do meio fio
levando carros, gente, bichos...lixos
Até trocar o fim pelo começo
Deixa Tsunamis te virar pelo avesso
Esquecer teu nome, teu dom, teu endereço
Pois a vida não perdoa
nem tem apresso
aos que vivem de água rasa ou garôa
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Desalinho
Calma coração, mais um pouquinho
e todo mundo aqui, será capaz de ouvir
Teu descompasso, teu desalinho
Faça silêncio
Pra que ao te ouvir
não crie asas meu pensamento
É que este já cansou
de visitar a mesma rua o mesmo portão
Vai, te acalma coração
Pois batendo assim
acordará toda vizinhança
E se é verdade
que o pecado
mora ao lado
O Vizinho há de querer vingança.
Então...silêncio coração
Pois já não há motivo nem razão
Pra continuar alimentando essa Esperança.
e todo mundo aqui, será capaz de ouvir
Teu descompasso, teu desalinho
Faça silêncio
Pra que ao te ouvir
não crie asas meu pensamento
É que este já cansou
de visitar a mesma rua o mesmo portão
Vai, te acalma coração
Pois batendo assim
acordará toda vizinhança
E se é verdade
que o pecado
mora ao lado
O Vizinho há de querer vingança.
Então...silêncio coração
Pois já não há motivo nem razão
Pra continuar alimentando essa Esperança.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Curva de rio
Teu amor é vendaval é temporal é curva de rio
Água doce da bica
Que lava minha alma que molha meu cio
Teu querer é tempero que acalma
É coração na palma, é veneno, meu ar por um fio
Vem moreno
Me embala na rede, sacia minha sede e espanta a solidão.
Vem e me dá tua mão
Pois é tocar teu corpo pra me sentir de braços dados com a imensidão.
Água doce da bica
Que lava minha alma que molha meu cio
Teu querer é tempero que acalma
É coração na palma, é veneno, meu ar por um fio
Vem moreno
Me embala na rede, sacia minha sede e espanta a solidão.
Vem e me dá tua mão
Pois é tocar teu corpo pra me sentir de braços dados com a imensidão.
sábado, 1 de setembro de 2012
De mim
Elogiando meu vestido branco...
"Vestida desse jeito em qualquer lugar caso com você"
Eu...
O faça quando quiser
Faça quando bem entender
Se preferir pode nem fazer
Mas seja você o meu bem
Seja de mim
Pra que não morra de bem querer.
"Vestida desse jeito em qualquer lugar caso com você"
Eu...
O faça quando quiser
Faça quando bem entender
Se preferir pode nem fazer
Mas seja você o meu bem
Seja de mim
Pra que não morra de bem querer.
Romântico
Acho muito romântico o banco mandar cartas. Tanta singeleza, aquele envelope, nome e endereço. Tudo escrito
à máquina. As abinhas dentadas, facilitam o trabalho de abrir a mensagem. Sem saliva pra colar. Velhos tempos.
Mas acho romântico, como eu dizia, acho romântico o banco mandar cartas. Tão romântico que fico observando
as cartas empilhadas, se acumulando sobre a mesinha da sala, carta após carta, pegando juntas a poeira do
tempo e o sol da manhã que atravessa a vidraça. Vou ao quintal pendurar as roupas, volto para a cozinha, lavar
a louça. E num instante, de passagem, me deparo ali, com a presença de todas as cartas. Penso: tão romântico!
Penso, penso, penso nas cartas. E de pensar tanto nelas, logo fico sentimental, e prefiro não abri-las, porque
assim eu destruiria a mágica da mensagem ali contida, fechada, pelas abinhas dentadas. Tudo escrito à
máquina. Não quero destruir o romantismo do banco, de escrever à máquina, meu nome, meu endereço, e
mandar o homem de azul e amarelo vir me entregar. Uma carta. Ou mais. Veja só, como se lembram de mim!
Com nome e sobrenome, pode parecer formal, mas é muito íntimo. Sabem os nomes herdados, de pai e mãe.
Nomes de casamento, cartório, registro, enfim. Cartas, tantas cartas. Como se lembram de mim!
Katia Portes Leão.
à máquina. As abinhas dentadas, facilitam o trabalho de abrir a mensagem. Sem saliva pra colar. Velhos tempos.
Mas acho romântico, como eu dizia, acho romântico o banco mandar cartas. Tão romântico que fico observando
as cartas empilhadas, se acumulando sobre a mesinha da sala, carta após carta, pegando juntas a poeira do
tempo e o sol da manhã que atravessa a vidraça. Vou ao quintal pendurar as roupas, volto para a cozinha, lavar
a louça. E num instante, de passagem, me deparo ali, com a presença de todas as cartas. Penso: tão romântico!
Penso, penso, penso nas cartas. E de pensar tanto nelas, logo fico sentimental, e prefiro não abri-las, porque
assim eu destruiria a mágica da mensagem ali contida, fechada, pelas abinhas dentadas. Tudo escrito à
máquina. Não quero destruir o romantismo do banco, de escrever à máquina, meu nome, meu endereço, e
mandar o homem de azul e amarelo vir me entregar. Uma carta. Ou mais. Veja só, como se lembram de mim!
Com nome e sobrenome, pode parecer formal, mas é muito íntimo. Sabem os nomes herdados, de pai e mãe.
Nomes de casamento, cartório, registro, enfim. Cartas, tantas cartas. Como se lembram de mim!
Katia Portes Leão.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Eis
Quando tu foste
Tal dor foi aquela
Q preciso foi
Me espalhar pra todos os lados
pra ficar mais leve de carregar.
Mas suportei com beleza
E resisti, pois tal leveza
Me levava pra muito aqui e ali.
E depois q tudo passou
Fui capaz de agradecer por ter sido
Um amor assim forte, tão polido
Que muito me havia dado.
Segui viagem...
Segui...
E quando já não mais esperava
Se quer suspeitava teu regresso
Minha vida mergulhou em retrocesso
Eis tu aqui de novo
Mais uma vez em meu portão
Eis tu mais uma vez latejando em meu coração.
Tal dor foi aquela
Q preciso foi
Me espalhar pra todos os lados
pra ficar mais leve de carregar.
Mas suportei com beleza
E resisti, pois tal leveza
Me levava pra muito aqui e ali.
E depois q tudo passou
Fui capaz de agradecer por ter sido
Um amor assim forte, tão polido
Que muito me havia dado.
Segui viagem...
Segui...
E quando já não mais esperava
Se quer suspeitava teu regresso
Minha vida mergulhou em retrocesso
Eis tu aqui de novo
Mais uma vez em meu portão
Eis tu mais uma vez latejando em meu coração.
Vejam vcs
Logo hoje
Quando não me sentia mais capaz de raiva ou ódio ou se quer decepção
Aí então....
Senti aos pouco esmorecer as barreiras que eu mesma criei, os pilares que eu mesma ergui, o alicerce que construí, ao ver romper as trancas, as travas, os fechos, assistindo meu coração rolar barranco a baixo num triste desfecho.
Vê se pode, ser capaz de tanto amor...tanta compreenção a ponto de ver lá meu coração jogado no chão
E pensar...tá certo! Olha lá como é certo!
Vejam vcs, outro encanto, outro amor...nova Paixão.
Vejam vcs, outro encanto, outro amor...nova Paixão.
Amor da Bahia
Vem pra roda moreno
Gasta esse samba comigo
Me deixa beber do teu cio
Roçar o meu no teu corpo vadio
E levantar poeira até o dia amanhecer.
Deixa menino, teu coro no meu arder
Entalhando na pele se for de destino
E se amar até sereno molhar nossa cara
até a lua se esconder.
Vem cá seu moço não faça novena
Me abrace e me cheire o cangote
me deixe medir o chão da tua pele morena
Se achegue e deixe de prosa
Não tá vendo eu aqui toda dengosa
Querendo também do teu chamego
prometo te o mostrar o meu apego
te dar Cafuné, dengo no quengo, na cama café
Se tu me amar nesta noite como pra vida inteira.
Ora neguinho se apresse e deixe de besteira.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
sábado, 28 de abril de 2012
nuca
Ao longo do pescoço guardo segredos longicuos visitados as vezes por arrepios e ventos ligeiros.
Então hoje quando pensei em vc e arrepios percorreram os mistérios da nuca,
me perguntei: que destino tem quem a onça com pouca vara cutuca?
Então hoje quando pensei em vc e arrepios percorreram os mistérios da nuca,
me perguntei: que destino tem quem a onça com pouca vara cutuca?
quarta-feira, 11 de abril de 2012
De olhos bem abertos!
Quando eles precisam do nosso voto é que vêem nos chamar de guerreiros e ainda fingem se importar e se orgulhar da nossa luta.
Mostram na TV um plágio do nosso dia-a-dia, e é claro, não perdem a oportunidade de nos fazer engolir a mentira de que precisamos (apesar do aperto) sorrir e nos submeter a compactuar com a vergonha que é a política brasileira.
No fim, ainda se intitulam "Justiça Eleitoral"...que justiça é essa que produz monstros com cara de bom moço, de homem de família e jogam suas carinhas sorridentes na TV: a quem cabe a irresponsabilidade de meter guela abaixo do povo...já que todo mundo tem acesso a essa DROGA, até mesmo os analfabetos e nossas criancinhas.
Enquanto isso, os verdadeiros guerreiros, mocinhos e chefes de família, sucumbem ou ralam, se sacrificam, comem o pão que esses diabos permitem comer, em troca de toda sua Sub - "existência" e dignidade.
Agora eu que digo: ACORDA MEU POVO!
Por quanto tempo mais nós iremos deixar eles pintarem o 7 em nossas vidas? Por quanto tempo mais nós vamos engolir as homéricas mentiras televisionadas?
ACORDA MEU POVO!
Não perceberam ainda que nós somos maioria, e elegemos essa gente pra trabalhar em prol da sociedade a qual compomos?
Logo, podemos e devemos cobrar uma boa prestação de serviço.
Vamos virar esse jogo, vamos nos informar melhor.
E já que o mal menor ainda é votar, vamos pesquisar direito sobre cada informação torta e cada cara sorridente de mocinho que vemos na TV.
Votem sim, mas não no sorriso bem tratado, no cabelo ou testa mais lustrada, e sim nos verdadeiros soldados do povo, aquele que no mínimo tenha vivido algo parecido com a vida real, A NOSSA VIDA REAL.
Que já tenha sentido na pele o que é estar do lado em que estamos.
FORA ALKIMIM.......FORA KASSAB!!!
terça-feira, 27 de março de 2012
quinta-feira, 8 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
Por aí a fora.
Ao passar pela vida
a traçar meu caminho
pude saber da rosa
e experimentar seu espinho
Vivi seus dias de sol
e tempestade em copo d'água
água de umedecer lençol
me doando a possibilidade
de nela afogar o que for mágoa
Pude conhecer seu cheiro
aroma de café ou jasmim
e me perde por inteiro
em tudo aqui dentro de mim
pude vadiar em seu canteiro
e repousar em seu jardim
ao varar suas noites
noites quentes, noites frias
noites que nunca tem fim
Nessas andanças..
conheci homens famosos
mulheres vadias
Crianças sem nome
Saboreei do mel
Amadureci no fel
Sobrevivi a fome
E pude ver de perto
Como a vida trata
os pobres e pretos
que os santos salvam
apenas no sobrenome
Cá com minhas andanças
enxerguei o que fazem
com a inocência das crianças
deixei sucumbir a fé
deixei morrer a esperança
Mas em todo traçado que fiz nesta vida
fui transpondo pontes
correndo meus pés em estrada de terra,
em asfalto...avenida
Até chegar em meus becos, minhas lajes e vielas
e lá no fim do túnel poder sempre achar saída.
terça-feira, 6 de março de 2012
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Do viver
Não é pulsar o que faz teu coração
O q ele faz é: sacudir toda estrutura a cada batida
E aos solavancos jogar ao chão
cada saudade e cada partida.
Tal tambor se torna um ninho perfeito
quando descanso meu ouvido em teu peito.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Deuses...
Qual será o castigo daqueles que nos fazem amargar tanta espera?
Dos que causam expectativas vans, talvez por alguma vaidade?
Dos que nos cativam apenas pela "garantia" de nunca estar sozinho?
Qual será?
Se ainda não pensaram nisso, se deem a questão,
e se precisarem de ajuda, ainda estarei aqui, esperando,
de joelhos plantados no chão.
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