Como posso deixar
tudo no seu tempo de ser
se a cada passo que dou
outro quer retroceder
Ter agora tua cara,
teu ninho, teu querer
Teu carinho, tua prosa
tua pele de entardecer
O rumo da tua boca
tua fala pouca
aprumada no dizer
o silêncio em que cabe
a paz que me invade
do teu com o meu se parecer
na pausa que só deita e não mais peleita
a poesia perfeita na delícia da tua receita...
me diz como é que faz pra não querer.
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Querendo ver
Cuidar dos outros é fácil fiiii
Quero ver é beber sua dor
e no auge do amargor
servir sopa quente pra solidão.
Quero ver sair do poço
de ti afundado até o pescoço
E na madrugada a pé
correr comprar vitamina C
pra curar a tristeza.
Quero ver fazer cafuné
pra cansaço dormir
E no mei do alvoroço
Cuspir na carne e roer o osso
Sem medo de sucumbir
Quero ver se sentir um Zé
Se achar um Mané
E acordar cedo pra fazer café
querendo viver tudo de novo.
Ahhh essa eu quero ver.
Quero ver é beber sua dor
e no auge do amargor
servir sopa quente pra solidão.
Quero ver sair do poço
de ti afundado até o pescoço
E na madrugada a pé
correr comprar vitamina C
pra curar a tristeza.
Quero ver fazer cafuné
pra cansaço dormir
E no mei do alvoroço
Cuspir na carne e roer o osso
Sem medo de sucumbir
Quero ver se sentir um Zé
Se achar um Mané
E acordar cedo pra fazer café
querendo viver tudo de novo.
Ahhh essa eu quero ver.
Cantareio
Beijo teu Ori
Bebo teu olhar
Bato cabeça
pra o tempo Sinhô
peço a bença de dona Sinhá
me armo de força e de amor
e avanço sem recuar...Aruanda.
Aruanda ê
Aruandá
Lembro teu amor
Água de Cacimba
Tua pele de noite
som de Calimba
peço licença
pra o tempo Sinhô
Rezo nas contas de dona Sinhá
E sigo meu Odú
Sem vacilar...Aruanda
Aruanda ê
Aruandá
Vou batendo meu Ilú
Sonhando com meu Ilé
Me lanço nos braços
do Tempo Sinhô
Banhado na ervas
de dona Sinhá
e vou sem ter
como voltar...Aruanda
Aruanda ê
Aruandá
Bebo teu olhar
Bato cabeça
pra o tempo Sinhô
peço a bença de dona Sinhá
me armo de força e de amor
e avanço sem recuar...Aruanda.
Aruanda ê
Aruandá
Lembro teu amor
Água de Cacimba
Tua pele de noite
som de Calimba
peço licença
pra o tempo Sinhô
Rezo nas contas de dona Sinhá
E sigo meu Odú
Sem vacilar...Aruanda
Aruanda ê
Aruandá
Vou batendo meu Ilú
Sonhando com meu Ilé
Me lanço nos braços
do Tempo Sinhô
Banhado na ervas
de dona Sinhá
e vou sem ter
como voltar...Aruanda
Aruanda ê
Aruandá
domingo, 23 de junho de 2013
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Destempora
Ninguém hoje em dia tem tempo
de só ir no tempo do outro
Se é sabido a tempos
dos contra tempos que nos une,
ou se adianta ou não, não há tempo.
O tempo não se perde
Mas também não se espera
Ele tem seu próprio tempo
Entre tempo e espaço reverbera
o que à tempos não se pede
enquanto a vida, seu tempo mede
Por isso meu relógio é sem ponteiro
Não aponta caminho nem tempo
de tempo em tempo para
noutro tempo anda ligeiro
E eu de cá desejando uma ponte
que me atravesse
ou que me aponte
quem de nós chegou primeiro.
Cegueira
Me vejo
coração ambicioso, ganancioso, faminto por tudo viver.
Emoções atropelantes, sentimentos fundos e errantes
chegando sempre antes...coisa transbordante esse meu ser.
Sou da tribo que não dorme e que só sonha
Sou da linhagem escrava do querer.
Moro no reino da inquietude,
onde se perde se desilude e se lamenta por nunca ter
Aquele tanto de carinho.
pois em minha cama pus espinho
e de toda dúvida fiz meu ninho
Pra quem consegue tão pouco ver.
Afinal é tanto amor que não se encaixa
em uma só vida, é preciso outro pra caber
Mas vc só enxerga o aquilo que não dá pra esconder.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Sem remédio
Das dores que levo comigo
a dor do silêncio é a que mais me pesa
Essa dor carregarei pra sempre.
Ela me dói calada
sem suspiro ou sussurro qualquer
Me rói silenciosa
me mói intransigente
rasgando o peito como na carne
Latejando em conta gotas.
A dor do silêncio é irreversível
Não se volta atrás de uma trilha
traçada calada
Não se deixa rastro, nem pista
Nada se pode seguir de regresso
Não tem caminho de volta
nem mapa que aponte o remédio.
Nas noites de silêncio profundo
essa é a dor maior do mundo
Me leva o amor
me sufoca a paz
e em seu olhar, no mais fundo silêncio
Me de diz que não volta, não volta jamais.
a dor do silêncio é a que mais me pesa
Essa dor carregarei pra sempre.
Ela me dói calada
sem suspiro ou sussurro qualquer
Me rói silenciosa
me mói intransigente
rasgando o peito como na carne
Latejando em conta gotas.
A dor do silêncio é irreversível
Não se volta atrás de uma trilha
traçada calada
Não se deixa rastro, nem pista
Nada se pode seguir de regresso
Não tem caminho de volta
nem mapa que aponte o remédio.
Nas noites de silêncio profundo
essa é a dor maior do mundo
Me leva o amor
me sufoca a paz
e em seu olhar, no mais fundo silêncio
Me de diz que não volta, não volta jamais.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Enquanto Espero
Enquanto espero adivinhar
o que a vida de mim espera
como um amante apaixonado e servil
A amada se mostra severa
Rainha bacante, cruel e vil
Sem tempo de espera
Porem quando me entrego a vida
Que com minutos tempera
A renda do tempo de maneira sutil
Não sou eu amante que amarga a espera
nem rainha infante que após o gozo partiu.
Sou o nada de qualquer esfera
Os pingos no is da escrita errante
A torto e a direita na curva a mil
O cansaço da nova era
o frescor do novo instante
que mais adiante sucumbiu
Sou o canto de voz rouca
paz nenhuma espera pouca
Que o amor a flor da pele sentiu
Enquanto
Porque enquanto todos dormem
Meu coração quer sair de mim
e mudar o mundo
E enquanto o mundo todo está de pé
acordado em sua gana,
Todo meu eu quer beber o sol
e adormecer no mais doce sonho
de novos dias.
E despertar para o não palpável
Para o impossível
O fugidio, o escasso.
Pois a mera escolha entre o bem e o mal
É pra mim, além de insuficiente,
Demasiadamente monótona.
sábado, 26 de janeiro de 2013
Alumiou
Eu vi vc em mim
cair como uma luva
ao descanso da tua pele me dei
e dormi no calor do teu cheiro.
Paz maior nunca nem houve...
Acorda amor, acorda
Papinho
_Porque vc quer ficar sozinha mãe?
_Porque estou triste filha e a tristeza faz parte, nos ensina muito.
Mas ela costuma ser tímida e falar muito baixinho, é preciso fazer
muito silêncio dentro e fora pra poder ouvi-la.
_Mãe eu te amo.
*como bem me lembrou um querido dias atrás: Antes disso acho que nem existia!
Gota a gota
Cada Sacrifício
Todo esforço físico
Gota a gota de suor
A lida dos teus Braços
Braços fortes e servis
No pulso acelerado do teu peito
A ádua labuta
Toda força
Toda luta
Valem e Muito
A preguiça sagrada
A carícia infinda
no lento adormecer
...de depois
Num só gole
Devido a dor
a vida tem hoje outra cor
mais viço e mais frescor
tem cada novo dia
e graças a dor
cabe agora mais amor
onde só lamento cabia
Todo dia vivo num só gole
da seiva ainda desconhecida
e onde só cabia dor
agora cabe mais vida
que seja intensa
que seja fugaz
mas que não me permita a certeza
jamais.
A Reza
Joana, toda vida a Santa Bárbara Rezou
Pai pescador, irmão pescador
pescador também era seu amor
A imensa espera regeu suas noite sem sono
Pois desde de criança
via sua mãe em amargo abandono
ouvindo o amar
que jamais dizia
se pescador jazia
ou se ia voltar
Mas Joana carrega agora mais um rebento
e rezando pra Deus ouvir seu lamento
pede que amenize sua sina
Esperando assim que seu ventre gere uma menina
Fez oferenda pra Rainha do Mar
Na boca do entardecer
E prometeu a Yemanjá
que se menina nascer
Janaina vai se chamar
Do Chão até o teto
Sou tomada de ansiedade
ao ver a possibilidade
de te ter
E ganhar teu carinho completo
que vai do chão até o teto
do meu mediano ser
Boto um vestido faceiro
corro pro mei do terreiro
vendo o céu escurecer
E conto as horas com pressa
esperando pela promessa
que eu assisti na tv
Vai chover...vai chover
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